Manoel Peterlongo Filho dedicou-se a produzir espumantes no Brasil, na cidade de Garibaldi, Serra Gaúcha. Seus primeiros experimentos surgiram com método Champenoise e foi pioneiro na elaboração de vinhos finos brancos no país. Em 1913, durante a 1ª Exposição de Uvas de Garibaldi ganhou “Medalha de Ouro” em seu Moscato (tipo champagne). Em 1915, fundou a Casa Peterlongo, que em seguida seria administrada pelo filho, Armando. Esse foi o marco histórico oficial que registrou o surgimento do primeiro Champagne do Brasil, embasamento e importância que foram premissas do Recurso Extraordinário 78.835/1974 do Supremo Tribunal Federal, que garante à Peterlongo o direito de utilizar a palavra “Champagne” ao apresentar seus produtos. Atualmente, é a única empresa brasileira detentora desse direito.
Charmat ou Champenoise?
De forma geral, os espumantes naturais podem ser elaborados por dois processos: Charmat ou Champenoise. No processo Champenoise, a tomada de espuma acontece dentro da própria garrafa; no Charmat, em grandes tanques chamados autoclaves. Um espumante elaborado por “Charmat Longo” pode ser facilmente confundido com um Champenoise de médio envelhecimento, por isto não há “melhor ou pior” processo; tudo vai depender da qualidade do vinho base e todo o carinho aplicado pela vinícola durante a elaboração. Cabe ao consumidor degustar sem preconceitos e fazer suas escolhas.