Os diferentes tipos de uva – Tintas

Comuns: Concord, Herbemont, Isabel, entre outras.

Viníferas: Alicante Bouschet, Barbera, Bonarda, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Carignan, Carménère, Corvina, Dolcetto, Gamay, Grenache, Malbec, Marselan, Mencía, Merlot, Molinara, Montepulciano, Mourvèdre, Nebbiolo, Nero D’Ávola, Petit Verdot, Pinot Meunier, Pinot Noir, Pinotage, Rondinella, Sangiovese, Syrah, Tannat, Tempranillo, Teroldego, Zinfandel, entre outras.

Alicante Bouschet

Uva de origem francesa, muito cultivada na Região Sul, principalmente em Languedoc. Porém, costuma-se dizer que é portuguesa por adoção. Casta essa, resultante do cruzamento entre Petit Bouschet e Grenache.

No Alentejo, Portugal, o Alicante Bouschet faz parte de quase todas as plantações de vinhas. Os cachos são grandes alados e muito fechados. Os bagos são negros, e sua polpa, vermelha. Os vinhos produzidos com a Alicante Bouschet têm uma cor densa, grande concentração de taninos, bom equilíbrio de acidez e enorme capacidade de envelhecimento.

Aromas e sabores: azeitona, cacau, frutas silvestres e notas vegetais.

Barbera

Uva originária e amplamente cultivada na Itália, a Barbera produz vinhos muito coloridos, de corpo médio a encorpado, complexos e longevos. Possui alta acidez, o que torna o vinho versátil para harmonizações. Quando passado por carvalho, torna-se mais apto ao envelhecimento.

Aromas e sabores: alcatrão, especiarias e frutos do bosque.

Bonarda

Casta italiana com produção no Piemonte, Lombardia e Emilia-Romagna. Foi levada para a Argentina no final do século XIX, onde é muito produzida atualmente. Apesar de necessitar de bastante calor para amadurecer, a uva Bonarda é muito produtiva. Os cortes com Malbec são bastante comuns.

Quando jovens, são vinhos marcados pelo frescor, têm boa acidez, muita fruta e taninos suaves. Ao alcançar excelente maturação e ao estabelecer contato com a madeira, proporciona vinhos de grande estrutura, concentrados, com taninos elegantes e grande potencial de guarda. É importante salientar que as características citadas são da Bonarda produzida na Argentina, já que a produção na Itália é muito pequena.

Aromas e sabores: ameixas secas, amêndoas, compota de frutas vermelhas e nuances esfumaçadas.

Cabernet Franc

A variedade Cabernet Franc vem de Bordeaux, França. A maior parte da produção com essa cepa se direciona aos cortes com a Cabernet Sauvignon e a Merlot para produção dos vários vinhos de Bordeaux.

Adaptou-se relativamente bem na Serra Gaúcha e é mais produtiva que a média das demais castas viníferas. Tem muitas características semelhantes às da Cabernet Sauvignon, porém tende a ter uma cor menos intensa e a ser menos tânica. Seus vinhos geralmente possuem corpo médio, suportam médio envelhecimento, são extremamente perfumados e de teor alcoólico e acidez de médios a altos.

Aromas e sabores: baunilha, chocolate, florais, framboesa, grãos tostados, herbáceo, morango e pimentão.

Cabernet Sauvignon

A Cabernet Sauvignon é considerada a “rainha das uvas tintas” em todas as partes do mundo. A origem dessa cepa remonta à época da dominação romana, na região de Bordeaux, França. A variedade adaptou-se em terrenos e climas de todo o mundo.

Seus frutos se apresentam em pequenos cachos de grãos miúdos (a proporção que apresenta entre semente e polpa é de 1/12), sua pele é dura, azul-escura com reflexos esbranquiçados, seu sabor é herbáceo. A semente da Cabernet Sauvignon é um elemento da maior importância para a presença abundante de taninos, enquanto a casca espessa e de cor intensa lhe confere uma coloração profunda, além de torná-la relativamente resistente ao apodrecimento.

Seu vinho é seco, soberbo, encorpado, de aromas intensos que lembram nitidamente o pimentão verde, com sabor levemente herbáceo e de cor violeta-escura com tendência ao rubi. Seu forte acento de tanino é um pouco duro enquanto jovem, mas, com o tempo, adquire corpo e um fino e delicado bouquet, tornando-se aveludado.

Vinho fino, apresenta bom potencial de envelhecimento por se dar muito bem com a madeira, pois geralmente passa longo período em barris de carvalho francês ou americano, novos ou usados.

Aromas e sabores: azeitona, cassis, cedro, chocolate, groselha preta, hortelã, pimentão e tabaco.

Carignan

Uva originária da Espanha, cujo nome vem da região Carineña, em Aragón. Essa cepa é uma das mais plantadas no Languedoc Roussillon, França. Possui bela coloração com tons muito escuros, bagas de tamanho médio e pele fina. Ganhou popularidade por ser a uva que produz mais vinhos tintos do que qualquer outra. Possui taninos em abundância, acidez presente e certa adstringência, o que lhe concede uma característica muito interessante. Por ter essa tanicidade presente, é muito comum ser cortada com Cinsault e com Grenache.

Aromas e sabores: especiarias, frutas negras e menta.

Carménère

Aparentemente extinta desde o século XIX, a Carménère foi redescoberta em 1994 pelo ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot. Essa uva era largamente cultivada até que uma praga, a phylloxera, dizimou grande parte dos vinhedos europeus. A espécie continuou a ser cultivada no Chile, mas, durante anos, foi confundida com a uva Merlot.

Com características bem similares às da Merlot, a Carménère produz vinhos de baixa acidez, com cor intensa e bom corpo. Porém, é uma espécie extremamente exigente quanto ao solo e ao clima. Por ser uma variedade de colheita tardia, sofre quando ocorrem chuvas antecipadas. Esta é a vantagem do Chile para o cultivo dessa espécie: seus períodos de chuvas são bem definidos. Seus grãos são redondos e de forte coloração.

Aromas e sabores: chocolate, frutas vermelhas e herbáceo (em colheitas prematuras) e pimentão.

Corvina

Uva da região do Vêneto, Itália. Essa cepa está presente em vários vinhos, como nos Valpolicellas e Bardolinos, porém o destaque fica por conta dos famosos Amarones. A Corvina é uma uva robusta com coloração vermelho-rubi com reflexos violáceos, observável nos Amarones.

Aromas e sabores: cereja, frutas negras e toques florais.

Dolcetto

Apesar do nome dessa cepa ser Dolcetto, não se trata de vinhos doces. Variedade de uva tinta do Piemonte, de baixa acidez e que amadurece cedo, a Dolcetto produz um vinho vermelho-púrpura, seco, leve e frutado. Em alguns vinhos pode apresentar taninos austeros e, quando a uva tem excelente maturação, nota-se a presença forte de doçura, mas está bem longe de ser um vinho doce. Os mais conhecidos são os Dolcetto D’Alba e Dolcetto D’Asti.

Aromas e sabores: alcaçuz, ameixa preta, amora, cereja, ervas e especiarias.

Gamay

Cultivada extensivamente na região de Beaujolais, em Bourgogne, França, a uva Gamay é a única cepa usada para fazer os vinhos tintos de Beaujolais. A cepa produz um vinho leve que é excepcionalmente frutado e fresco, pouco tânico e pouco alcoólico. Ela é mais conhecida como a cepa que dá origem ao Beaujolais Nouveau, vinho jovem e frutado, feito e engarrafado após a vindima e comercializado na terceira quinta-feira de novembro, sendo um dos vinhos mais vendidos no mundo. Embora seja conhecido como um vinho que deve ser bebido jovem, existem alguns Cru de Beaujolais que envelhecem muito bem.

Essa casta adaptou-se com facilidade em algumas regiões do Rio Grande do Sul. Seus vinhos são cristalinamente transparentes, vivos e brilhantes. No Brasil, é conhecido como o vinho da Páscoa, pois sua comercialização inicia próxima dessa data.

Aromas e sabores: banana, canela, cereja, cravo, figo, framboesa, frutas secas, morango e pera.

Grenache (Granacha)

A uva Grenache Noir, chamada simplesmente Grenache, é uma das cepas tintas mais cultivadas no mundo. É a mais importante cepa no Sul da França, no vale do Ródano, onde é tipicamente usada para fazer tintos frutados e rosés secos. Embora seja considerada de origem espanhola, com vasta produção na região de Rioja, é no Sul da França onde alcança largo sucesso, principalmente quando cortada com a Syrah, produzindo alguns dos melhores Chateauneuf-du-Pape, vinho que comporta corte com até 13 uvas.

Essa casta produz vinhos frutados, de cor leve e de sabor fresco, que estão sujeitos à rápida oxidação. Essa é a razão de esses vinhos serem, muitas vezes, cortados com outras cepas, pois assim se diminui a possibilidade de uma deterioração rápida.

Aromas e sabores: especiarias e frutas vermelhas com notas de framboesa.

Malbec

Casta francesa original de Bordeaux, é uma das uvas presentes no “corte bordalês”. Na região de Cachors, possui AOC – Appellation d’Origine Contrôlée (Apelação de Origem Controlada) –, onde a uva Malbec é exigida em, no mínimo, 70% da composição do vinho, que pode ser completado com Merlot e Tannat.

A Malbec é cultivada em muitas regiões do Novo Mundo, particularmente na Argentina (destaque para Mendoza) e no Chile, onde dá vida a tintos com aromas complexos, encorpados e geralmente de coloração rubiviolácea intensa. No paladar nota-se um leve adocicado, devido aos taninos redondos. Essa uva é capaz de produzir vinhos que envelhecem facilmente por mais de dez anos.

Aromas e sabores: ameixa, amora, cassis, cedro, especiarias, menta e pimentão.

Marselan

Nascida na França do cruzamento das uvas Cabernet Sauvignon e Grenache, tem seu nome associado à cidade próxima de onde nasceu, Marseillan. A união de duas uvas potentes concede vinhos estruturados e robustos. Os aromas e a coloração também são intensos. Os vinhos dessa uva tendem a ser longevos, típicos vinhos de guarda. Em boca, taninos presentes.

Aromas e sabores: cacau, especiarias e frutas maduras.

Mencía

A Mencía é uma casta que se assemelha à Cabernet Franc. Através dela, podem-se obter vinhos leves, macios, com boa acidez e excelente intensidade de frutas. Realizando um trabalho mais específico na videira, com rendimentos mais baixos, conseguem-se vinhos espetaculares, firmes e longevos. Também é possível produzir bons vinhos sem madeira, e ótimos vinhos com a passagem por carvalho.

Aromas e sabores: cassis, especiarias e morango.

Merlot

A uva Merlot é uma variedade proveniente de Bordeaux, França, sobretudo de Saint-Émilion e Pomerol. Variedade produtora de vinho tinto, adaptou-se perfeitamente às regiões de menor altitude da Serra Gaúcha. O vinho Merlot tem uma belíssima cor rubi, é frutado, complexo, aveludado e encorpado. Pode ser consumido jovem, mas também se beneficia do tratamento em carvalho.

A uva Merlot, em geral, produz vinhos menos ácidos e menos tânicos do que a Cabernet Sauvignon. Com um potencial de envelhecimento de moderado a bom, pode ficar mais suave com a idade, mas, com frequência, os aromas de fruta decaem, e os herbáceos dominam. Quando tratado em tonéis de carvalho, o vinho apresenta uma textura mais rica e um agradável toque de chocolate.

Aromas e sabores: baunilha, cassis, cereja, frutas vermelhas, menta e rosas.

Molinara

Casta originária da Itália, bastante produzida na região do Vêneto. Essa uva é uma das que participam do corte do famosíssimo vinho Amarone. Normalmente produz um vinho simples, pela acidez e toques de amargor.

Montepulciano

É a segunda uva mais cultivada na Itália, atrás apenas da Sangiovese. Seus vinhos são tradicionalmente de baixo teor alcoólico, de corpo leve e de coloração vermelho-rubi escuro e intensa, em alguns casos, com reflexos violáceos. Em boca, boa acidez, taninos macios e boa persistência.

Aromas e sabores: amora, especiarias e frutado com notas de cereja.

Mourvèdre (Monastrell)

Uva com maior produção no Sul da França e na Espanha, onde é chamada de Monastrell. Essa cepa ainda é conhecida como Mataró, principalmente para os australianos e californianos. É uma uva que se adapta muito bem a climas quentes. Quando bem madura, produz vinhos estruturados, de cor intensa, alto teor alcoólico e muito frutados. A cepa Mourvèdre é normalmente utilizada em cortes com outras tintas para dar cor e estrutura ao vinho.

Aromas e sabores: ameixa preta, cassis, cereja, especiarias, herbáceos, mirtilo e pimenta.

Nebbiolo

É famosa pelos vinhos que produz no Piemonte, Itália, em particular os Barolos e Barbarescos. Seu nome derivada palavra nebbia (neblina), referente à névoa que costuma encobrir os vinhedos nas primeiras horas do dia. Essa uva de coloração púrpura-escura, que amadurece tarde e que tem uma casca muito grossa, produz vinhos intensos em taninos, acidez e adstringência.

Vinhos feitos com a Nebbiolo são, com frequência, sólidos e poderosos, levemente perfumados e tendem a apresentar um final longo e muito adstringente. Quando jovens, têm uma coloração forte devido à grande concentração de fruto. O vinho possui todas as características essenciais que são necessárias para envelhecer: acidez, álcool, fruto e tanino. Os Barolos e os Barbarescos de qualidade podem envelhecer por mais de 20 anos.

Aromas e sabores: alcaçuz, alcatrão, ameixa seca, anis, cereja preta, chocolate amargo, rosas e violetas.

Nero D’Avola

Originária da Itália, mais precisamente da cidade de Avola, na Sicília, onde também é conhecida como Calabrese. Antes era utilizada apenas em cortes, hoje podemos encontrar diversos varietais dessa uva. Essa cepa confere aos seus vinhos cor escura e intensa, bom corpo e final suave. Pode envelhecer muito bem, principalmente se tiver passagem por barricas de carvalho.

Aromas e sabores: frutas negras, frutas vermelhas maduras, menta, tostado e trufa.

Petit Verdot

Originária da França, a Petit Verdot é normalmente usada nos cortes de Bordeaux para dar estrutura e cor ao vinho. Dentre todas as uvas bordalesas, esta é a que mais tempo leva para chegar à maturação.

Podemos encontrar deliciosos Petit Verdot na Argentina, no Chile, na Califórnia (EUA), na Austrália e, principalmente, na Espanha. Seus vinhos costumam ser muito escuros, densos e com muita potência. Em boca, apresentam sempre muita força, personalidade e pungência.

Aromas e sabores: florais, frutas negras maduras e toque mineral.

Pinot Meunier

Juntamente com Chardonnay e Pinot Noir, é utilizada para fazer o espumante mais famoso do mundo: o Champagne. Essa casta amadurece rapidamente e é capaz de crescer bem em climas frios e também é muito resistente a doenças. É comum participar em cortes de vinhos para adicionar fruta e acidez.

Pinot Noir

É uma variedade sensível que deve receber trato especial por ser bastante vulnerável a variações de clima e ambiente. A uva mais especial de Bourgogne e de Champagne também requer cuidado após ser colhida, pois sua casca fina rompe-se com extrema facilidade. Seus frutos são pequenos, de suco generoso e com pele de coloração azul-escura que tinge o mosto de rubi-violeta durante a fermentação.

O cultivo dessa variedade na Região Sul do país é prejudicado pelo ataque severo de moléstias fúngicas e podridões do cacho. É, atualmente, muito utilizada para a elaboração de espumantes, pois confere corpo a essa magnífica bebida. Ainda, produz vinhos tintos generosos, de pouca intensidade de cor, violáceos, com aromas e bouquet complexos, delicados e agradáveis, extremamente frutados e marcantes. Vinho perfeito para ser consumido jovem, em geral, atinge a maturidade entre 8 e 10 anos, declinando pouco tempo depois.

Aromas e sabores: café, frutas vermelhas (cereja e morango) e notas florais.

Pinotage

Em 1925, na África do Sul, o professor Al Perold cruzou as uvas Pinot Noir e Cinsault para criar a casta Pinotage (naquela época conhecida como Hermitage). Em sua melhor forma, pode produzir um vinho intensamente colorido, levemente aromático e com um clássico sabor de cereja. Seus frutos apresentam-se em cachos bem compactos com bagas ligeiramente alongadas. Sua coloração é média, sem muita intensidade de cor, com uma carga tânica não muito pronunciada, tornando-se um vinho jovem que pode ser consumido sem passar pelo processo de envelhecimento.

Aromas e sabores: cereja, especiarias e leve floral.

Rondinella

Casta originária da Itália, bastante produzida na região do Vêneto, também participa do corte do vinho Amarone. Nesse vinho, tem papel importante, pois se adapta muito bem à desidratação da uva (apassimento), concedendo estrutura e intensidade ao mesmo.

Sangiovese

É a uva tinta mais produzida na Itália, na região da Toscana. Produz um dos vinhos mais famosos do mundo: o Chianti. Essa uva pode produzir vinhos leves, frescos e precocemente maduros, ou vinhos clássicos de grande corpo, poderosos e capazes de envelhecer por longo tempo.

Essa cepa também é muito conhecida devido à produção da nova geração de vinhos da Toscana, chamados de “Super Toscanos”, que podem ser Sangiovese em pureza ou cortes com outras cepas – inclusive castas francesas como Cabernet Sauvignon e Merlot.

A Sangiovese Grosso, por sua vez, produz o Brunello di Montalcino. O Brunello é mais encorpado que o Chianti e, nas boas vindimas, tem uma cor rica e escura, com suficientes taninos e solidez para assegurar um desenvolvimento em garrafa por mais de 10 anos.

Aromas e sabores: anis, cereja, especiarias, framboesa e tabaco.

Syrah (Shiraz)

Uva originária de Shiraz, Pérsia (Irã). Os australianos a cultivam mais do que qualquer outra uva tinta. Na Califórnia encontramos também ótimos exemplares com essa magnífica cepa. Uva com bagas escuras, quase negras, com casca espessa, que se transformam em vinhos tipicamente escuros, ricos, densos de corpo, com sabores característicos de pimenta, especiarias e frutos, em particular amora, cassis e cereja. Os níveis alcoólicos geralmente são altos e sua acidez moderada. Seus vinhos têm taninos marcantes, mas também existem exemplares que apresentam pouca tanicidade.

Aromas e sabores: alcatrão, amora, avelãs tostadas, cassis, cereja, couro, pimenta-do-reino preta e pimentão.

Tannat

Cepa originária de Madiran, França. Se adequou de forma espetacular no Uruguai, igualmente como vem ocorrendo sua adaptação e difusão na região serrana do Rio Grande do Sul. Essa variedade tem excelente rendimento de peso, resultando num vinho tinto de coloração viva e intensa, vermelho-rubi com tons violáceos. Seu vinho é considerado de longo envelhecimento, sendo muito duro se for consumido jovem, principalmente pela grande quantidade de taninos.

Aromas e sabores: baunilha, cacau, manteiga e pimenta.

Tempranillo (Aragonês, Tinta Roriz)

Essa casta é muito cultivada na Espanha e é responsável por produzir vinhos consagrados nas regiões de Ribeira del Duero e Rioja. Seu nome vem da palavra temprano (cedo, em espanhol), pois seu amadurecimento ocorre precocemente. Sua boa acidez e pouca tendência oxidativa permitem a seus vinhos uma longa guarda em barricas.

Geralmente os vinhos produzidos na zona de Rioja são cortados com a uva Grenache (Garnacha). Os vinhos produzidos com essa cepa são de corpo médio a encorpado, de cor vermelho-granada e acidez moderada. O Tempranillo tanto pode ser vinificado com um estilo jovem, agradável e frutado como também para amadurecer por muitos anos.Em Portugal, essa casta é muito utilizada em cortes e leva o nome de Aragonês, no Alentejo, e de Tinta Roriz, nas regiões do Douro e do Dão.

Aromas e sabores: alcaçuz, cravo, figo, groselha, morango e torrefação.

Teroldego

A Teroldego reina na região de Trentino, Itália, e já existe produção dessa uva no Brasil. Tem características muito interessantes, produzindo desde vinhos jovens e agradáveis até vinhos que podem envelhecer por longo período. Quando a uva alcança ótima maturação, obtém-se vinhos longevos de caráter frutado e com toques defumados. Possui características carregadas de tons terrosos e levemente herbáceos.

Aromas e sabores: frutas vermelhas, notas florais e toque mineral.

Zinfandel (Primitivo)

A Zinfandel é uma uva muito cultivada na Califórnia. Uva de bagas graúdas, de coloração azul-escura que são doces e cheios de sumo. De modo geral, apresenta vinhos com alto teor alcoólico, taninos acentuados e encorpados.

Primitivo é a principal casta de Puglia, Sul da Itália. Produz vinhos tintos escuros, encorpados e muito rústicos. Normalmente são ricos em aromas e sabores.

Diversos estudos comprovam a semelhança entre essas castas. Análises do DNA informam que as duas variedades praticamente são a mesma.

Aromas e sabores: ameixa, cereja, chocolate, especiarias, notas de pimenta e tabaco.

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