Numa degustação, a maior dificuldade é determinar sabores e aromas do vinho, isto é, as qualidades olfativas e gustativas. Nem todas as pessoas têm a mesma sensibilidade nesse campo, e a maior dificuldade de todas é que não podemos saber realmente o que outra pessoa sente.
Os sentidos do gosto e do olfato são pessoais e intransferíveis. Eles pertencem àquela categoria de sentidos que os filósofos consideravam (até recentemente) como inferiores em contraponto à visão e ao ouvido, os sentidos excelentes, porque por meio deles podemos “ver” a arte e “ouvir” a música, manifestações artísticas por excelência.
Desde Aristóteles, muito foi escrito sobre esse assunto que foge, porém, do tema deste livro. Mas para aprendermos a degustar, é muito importante que saibamos “cheirar” e “saborear”. Essa atividade não é tão simples quanto possa parecer num primeiro momento, embora seja instintiva para todos nós.