por Eduarda D’Agostini, Jylson Carvalho e Rodrigo Webber
Na realização do exame visual, a taça deve conter vinho até, no máximo, a metade, para a taça ISO, o ideal é 50ml da bebida. Essa quantidade permitirá a inclinação da taça, que deixa o líquido em forma elíptica, ou seja, maior. Aconselha-se, também, a disposição da taça num fundo branco. Dessa forma, os aspectos relatados a seguir estarão mais perceptíveis:
Limpidez: O líquido não deve conter partículas sólidas em seu interior, porque, com exceção dos vinhos de longa guarda e dos vinhos não filtrados, partículas suspensas e depósitos no fundo da garrafa indicam a deterioração da bebida.
Transparência: Uma boa forma de observarmos a transparência do vinho é a colocação de um texto sob a taça, verificando a possibilidade de leitura do papel. Se o líquido estiver turvo, corre-se o risco de estar deteriorado.
Viscosidade: A viscosidade está relacionada com as “lágrimas”, “pernas” ou “arcos” do vinho, que são filetes que escorrem pelas paredes internas da taça e se relacionam com a tensão superficial e evaporação dos álcoois do vinho. As “lágrimas” que escorrem rapidamente indicam vinhos pouco densos e que não deixam na boca uma sensação aveludada. As “lágrimas” que escorrem lentamente indicam vinhos com maior viscosidade e, geralmente, com teor alcoólico maior.
Brilho: As características até agora relatadas (limpidez, transparência e viscosidade), podem resultar em vinhos de aspecto brilhante. Esse pode ser um indicativo de qualidade já que os grandes vinhos, em geral, possuem brilho intenso.
Gás: O gás carbônico observável na taça, mais conhecido como perlage, é uma característica singular percebida nos vinhos espumantes e, em menor intensidade nos frisantes. Os vinhos sem gás são chamados de tranquilos.
Quer conhecer as cores dos vinhos? Confirma o post especial Degustando: as cores do vinho. 🍷
Fonte: Degustação: manual básico para degustar vinhos e espumantes