A produção de vinhos no Brasil tem uma história fascinante que remonta aos primeiros dias de colonização pelos portugueses, embora a bebida já era amplamente fabricada e consumida na Europa. Hoje o país é mais conhecido por suas praias tropicais e paisagens exuberantes, o cultivo de uvas e a produção de vinhos têm raízes profundas e uma trajetória de crescimento notável.
Origens da Vitivinicultura Brasileira
A história da vitivinicultura no Brasil começa no início do século XVI, quando os colonizadores portugueses introduziram as primeiras videiras trazidas da Europa. No entanto, essas primeiras tentativas de cultivo de uvas e produção de vinhos enfrentaram desafios devido ao clima tropical e à falta de conhecimento técnico adequado.
No início, o português Brás Cubas, se tornou o primeiro viticultor no solo brasileiro em 1552, porém não conseguiu dar continuidade pois as parreiras não deram certo na região do interior de São Paulo. Após a plantação foi transferida para outra região, próxima a cidade de Taubaté.
Expansão e Desenvolvimento
Ao longo dos séculos, a produção de vinho no Brasil passou por altos e baixos. A primeira vez que uma casta deu bons resultados foi em 1742, mesmo diante das adversidades e imposições vindo da Coroa Portuguesa dando limitações e impedindo o plantio em solo brasileiro, assim proibindo a produção de vinhos nacionais. Isso piorou após Rainha Dona Maria I, proibiu de vez toda e qualquer atividade manufatureira na colônia.
Com a chegada da família real portuguesa em 1808, Dom João VI, retiraram a lei e o plantio pode voltar a ser feito. Assim a história começou a mudar e engatinhar a favor da produção nacional. Foram anos de muito esforço e trabalho duro, principalmente no sul do país, aonde as castas começaram a dar certo no solo gaúcho.
A região da Serra Gaúcha, localizada no estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, surgiu como o principal polo de produção de vinhos de qualidade. A imigração italiana no final do século XIX desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da vitivinicultura na região, trazendo consigo técnicas de cultivo e produção de vinhos aprimoradas.
A diversos relatos sobre a produção durante esse período, como do Vale do Vinhedos em 1881, Enrico Perrod produziu 500 mil litros de vinho e eternizou a produção registrando no Cônsul da Itália. Em 1899, Manuel Peterlongo, criador da Vinícola Peterlongo, produziu o primeiro espumante brasileiro, em 1915.
Mesmo diante da dificuldade, agora com pragas e doenças que devastavam as videiras, acharam uma saída com as mudas da uva Isabel e cultivaram a casta Vitis Labrusca para que fossem continuados os processos de produção de uva e vinho.
No entanto, durante grande parte do século XX, a indústria do vinho no Brasil enfrentou dificuldades, como falta de investimento e infraestrutura inadequada. A qualidade do vinho brasileiro frequentemente era questionada, e os vinhos nacionais tinham dificuldades para competir com os vinhos importados.
Renascimento da Vitivinicultura Brasileira
Na virada do século XXI, houve um renascimento notável na vitivinicultura brasileira. Produtores locais começaram a investir em técnicas modernas de vinificação, importando novas variedades de uvas e buscando o reconhecimento de regiões vinícolas de alta qualidade. A região da Serra Gaúcha, em particular, emergiu como um destaque na produção de vinhos finos.
O reconhecimento internacional começou a crescer à medida que os vinhos brasileiros ganharam prêmios em competições e conquistaram a admiração de críticos de vinho e entusiastas em todo o mundo. Isso levou a um aumento na produção de vinhos de qualidade, e o Brasil começou a se estabelecer como um jogador respeitável no mundo do vinho.
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