por Flávia Busetti
(conteúdo publicado na Revista Terroir Boccati Edição 09 – Outono)
Entre tantos deuses e figuras mitológicas ligadas à bebida, estão os famosos Dionísio (grego) e Baco (romano), porém eles não são os únicos. Nessa edição irei apresentar os principais deuses do vinho!
Os persas contavam a lenda de um pássaro que jogava sementes aos pés do rei semideus Djemchid. Notava-se que a partir dessas sementes, através de uma fermentação natural, se gerava uma bebida. Djemchid tentou cometer suicídio bebendo este suco preto, conhecido por eles como uma poção, mas na verdade ele ficou mais feliz, cantando e dançando, e assim nasceu o “Remédio do Rei”, o vinho, tornando-se uma bebida sagrada. A uva utilizada para essa poção era a Shiraz, casta de origem persa.
Na mitologia egípcia, o deus-rei era Osíris, quem trouxe a sabedoria de como plantar e cultivar a vinha e, a partir do suco, fazer o vinho.
Na mitologia grega, um dos nomes mais famosos ligados à bebida, o deus Dionísio.
Acredita-se que ele espremeu um cacho de uvas da videira, produzindo um suco doce que causava embriaguez e, assim, nasceu o vinho.
Já o famoso deus Baco vem da mitologia romana e é conhecido por transmitir aos seres humanos a forma de plantar as videiras e produzir o vinho. Na lenda romana, o deus retirou uma planta do chão e a levou consigo, depois a plantou em três ossos diferentes e lá a planta cresceu. Baco ensinou aos homens a arte da viticultura, explicando, através da história dos três ossos, que se os homens bebessem o vinho moderadamente ficariam felizes e cantariam, se continuassem bebendo mais do que deveriam encontrariam problemas e, que se bebessem ainda mais vinho, acabariam cometendo algo tolo.
“Não importa de quem veio ou como a vinha se criou, o mais importante é que descobriu-se como plantar, cultivar e fermentar, e que, ao consumir, percebeu-se ser uma bebida tão versátil, que pode ser produzida através da uva: o vinho!”