Degustando: o exame olfativo

por Eduarda D’Agostini, Jylson Carvalho e Rodrigo Webber

Ilustração: Karen Andriolo Basso

Certamente você já leu algum dos inúmeros artigos publicados sobre os aromas dos vinhos. Porém, algumas questões nunca são totalmente respondidas: por que eles têm este ou aquele cheiro? Afinal, vinho não tem cheiro de uva?

É importante saber que até ficar pronto para ser consumido, o vinho passa por muitos processos que determinam a variedade, a complexidade, os tipos de aroma e o sabor que vão surgir na taça. Igualmente importante é saber que o olfato e o paladar são sentidos individualmente: pessoas diferentes percebem cheiros e gostos de formas diferentes. A percepção depende, inclusive, do que cada um tem arquivado na sua memória olfativa. Com algumas dicas e um pequeno treinamento, você verá que isso é bem mais simples do que parece.

Primeiramente, você deve criar sua memória olfativa. Crie o hábito de cheirar tudo o que ainda não conhece, pois só vai identificar no vinho aromas que já tiverem sido previamente arquivados na sua memória olfativa. Na feira, por exemplo, perceba as diferenças aromáticas das frutas, verduras e temperos. Pare para sentir o cheiro da grama em um dia chuvoso, de uma jaqueta de couro.

Para facilitar na criação da sua memória olfativa a Boccati desenvolveu o Kit Aromas, um kit composto por vários pequenos frascos de aromas que você pode encontrar na degustação de um vinho, assim você pratica em casa e se destaca na degustação! Não deixe de conferir a matéria especial Boccati Ensina: Kit Aromas, auxiliando no desenvolvimento da memória olfativa.

Depois disso, tente utilizar sua “biblioteca de cheiros”. O sentido do olfato é percebido na cavidade nasal, numa pequena área da mucosa, de poucos milímetros de extensão, onde se localizam as células nervosas responsáveis pela captação dos estímulos olfativos. Esse exame é realizado colocando o nariz próximo da borda do copo, cheirando de forma vigorosa e, preferencialmente, alternando as narinas direita e esquerda. Pegue um bom vinho, gire a taça para oxigenar o líquido e liberar os aromas. Aproxime suas narinas do copo e aspire atentamente.

Olfato: percurso do aroma

A intensidade aromática de um bom vinho deve ter aromas facilmente perceptíveis, embora não necessariamente intensos. Escolher a taça adequada para degustar cada variedade também é importante para que o vinho tenha seu melhor desempenho. Aprenda a escolher a taça ideal acompanhando a coluna #myriedel aqui no Blor Terroir Boccati.

Fonte: Degustação: manual básico para degustar vinhos e espumantes

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